A grande mídia parece sempre pronta a falar sobre o “Estado Laico” quando a questão envolve os evangélicos. Após o anúncio da gestão de Marcelo Crivella (PRB) diminuir os repasses para festas do calendário católico e da umbanda, nenhum grande jornal aplaudiu a iniciativa. A prefeitura alega estar com dificuldades orçamentárias por causa da crise financeira que assola o estado do Rio de Janeiro.
De maneira semelhante, Crivella reduziu pela metade do apoio às escolas de samba no Carnaval da Marques de Sapucaí, medida amplamente criticada por jornais e artistas de plantão.
Por exemplo, Arquidiocese do Rio de Janeiro sempre contou com um incentivo da prefeitura para realizar festas e eventos culturais do calendário católico. Este ano houve redução de 65% em relação a 2016. Foram R$ 450 mil liberados até dezembro, em contraste com o R$ 1,32 milhão no ano passado.
Através de sua assessoria de imprensa, a Arquidiocese minimizou a questão, dizendo que não afetará as próximas datas católicas, como o Natal e o Dia de Reis.
Sem o apoio financeiro da prefeitura de R$ 35 mil após 13 anos, a Congregação Espírita Umbandista do Brasil (Ceub) decidiu recorrer a empresas privadas para realizar o "Barco de Iemanjá", procissão que ocorre todo ano entre os bairros Estácio de Sá, na Zona Norte do Rio, e a praia de Copacabana, na Zona Sul.
A Ceub (Congregação Espírita Umbandista do Brasil), entidade responsável pela organização do evento, optou pela organização de uma vaquinha virtual para cobrir os custos com a festividade. Apesar de a arrecadação ficar bem abaixo da expectativa dos organizadores.
Os representantes da Ceub reclamam que “falta diálogo” com a gestão municipal. “Nós temos vontade de conversar com o prefeito Marcelo Crivella. Seria legal que ele pelo menos considerasse um diálogo com o pessoal da umbanda. Protocolei um pedido de reunião com ele em 26 de janeiro. Até hoje não obtive resposta”, afirmou o produtor executivo Jorge Mattoso.
A administração Crivella disse apenas a renda seria convertida para “educação e saúde”. Declarou em nota oficial que “A redução se deu pelas notórias dificuldades orçamentárias vividas pela Prefeitura em decorrência da crise e da determinação de se reduzir todos os custos já no início desta gestão. Em relação aos eventos que receberão verbas, essa é uma demanda que vem da própria Mitra e que é submetida à análise da Prefeitura. Portanto, não há previsão de pagamento nem de quais eventos serão apoiados”.
A assessoria do gabinete do prefeito declarou também que não se trata de perseguição religiosa, pois “a Coordenadoria de Respeito à Diversidade Religiosa, vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, mantém diálogo com todos os grupos e entidades representativas que atuam no município, inclusive a Congregação Umbandista do Brasil”.
Fonte: Gospel Prime - Com informações: UOL/G1
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