Utilizando-se do termo "indie gospel", a última edição da Veja trouxe a reportagem Aleluia, rock 'n' roll. Ao enfatizar o Loop Session + Friends, formado por Leonardo Gonçalves, Mauro Henrique e Guilherme de Sá, a matéria, escrita por Sérgio Martins e Raquel Carneiro enumerou os músicos e bandas que não fazem música, de fato, para o público mainstream evangélico. Intitulados como "indie gospel", o "supergrupo ecumênico", além da dupla Os Arrais, as bandas Oficina G3 e Salz Band e os cantores Rodolfo Abrantes e Marcela Taís formam um chamado lugar pouco comum na cena musical, pouco interessantes para o mercado "gospel", mas muito distantes do mercado popular.
Apesar do uso da palavra "gospel", os autores mostraram compreender, ao menos parcialmente, a origem do termo no universo evangélico tupiniquim. Fazendo referência ao Rebanhão, nos anos 80, e suas mudanças promovidas, a matéria remeteu uma realidade de legalismo e preconceito que persiste até hoje, mais sutilmente. Gungor e outros músicos norte-americanos foram entrevistados, como forma de associar o que tem sido feito nacionalmente.
Apesar de tratar do "indie gospel", não é a primeira matéria que a Veja produz sobre a vanguarda de música cristã nacional. Em 1976, a banda Êxodos estampou algumas páginas do periódico. Em janeiro de 1991, saiu nas bancas a reportagem Roqueiros de Cristo, trazendo como centro o Rebanhão com suas letras humoradas (em seus doze anos de carreira, na turnê do álbum Princípio), o Katsbarnea na criatividade de Brother Simion (na formação do primeiro vinil) e o feminino Quarteto Vida. A Oficina G3, na época, era citada dentre os grupos que surgiam, fomentando o crescente movimento gospel. Quase quinze anos depois, o vocábulo estrangeiro ainda persiste entre os evangélicos, mostrando que o marketing deu certo.
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