O jornal “O Dia”, do Rio de Janeiro, publicou uma reportagem que mostra o envolvimento de funcionários do AfroReggae com as denúncias contra o pastor Marcos Pereira, fundador da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD).
De acordo com a publicação todas as testemunhas ouvidas pelo Departamento de Combate a Drogas (Dcod) foram levadas à delegacia por funcionários da ONG coordenada por José Júnior. As cinco principais testemunhas foram depor durante a madrugada, sendo que o expediente da delegacia vai até às 18h. Outro ponto que foi destacado na reportagem é a oferta de emprego para quem testemunhasse contra o religioso. José Júnior diz que dois ou três dos acusadores realmente trabalham para o AfroReggae, mas que não há mentira nas acusações. Em uma conversa não autorizada pela justiça, um membro da ADUD é abordado pelo ex-pastor Rogério Menezes e pelo ex-traficante José Claudio Piuma, o Gaúcho, recebendo a oferta de emprego e de uma casa para que ele fosse denunciar na polícia que sua esposa e sua filha, esta com apenas 16 anos, tinham sido violentadas por Marcos Pereira.
O jornal chega a citar que uma das testemunhas deu depoimento ao Dcod no mesmo dia que começou a trabalhar no AfroReggae, isso em 6 de abril do ano passado. A denúncia dizia que o pastor encena milagres e resgates de bandidos. Preso desde maio por conta de duas denúncias de estupro, Marcos Pereira também é acusado de ter coagido duas testemunhas, mas desses quatro processos apenas dois permanecem em curso.
Um dos processos de coação já foi arquivado e uma das mulheres que alegou ter sido estuprada pelo religioso desfez a denúncia e disse que foram os policiais que prepararam seu depoimento.
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