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O primeiro volume da biografia de Edir Macedo, Nada a Perder,
tem sido considerada o maior sucesso editorial de 2012. Após ser
lançado em eventos concorridos em 28 cidades no Brasil, o livro vendeu
350 mil exemplares em dois meses. Também lançado na versão em espanhol
em diversos países da América Latina, já alcançou mais de 94 mil cópias
vendidas.
Nada a Perder chegará em breve à Europa, com lançamento
programado para Madrid, (8/12) e Lisboa (15/12) Uma versão em francês
deve ser lançada em Paris, no começo de 2013.
A entrevista concedida à revista Istoé desta semana, onde é
matéria de capa, o bispo Edir Macedo concede a primeira entrevista em
sete anos. Além de comentar o sucesso do seu novo livro, o líder
religioso fala sobre a perseguição sofrida pela Igreja Universal, o monopólio da Rede Globo e os investimentos na Rede Record.
“O nome do meu livro não é uma mera expressão literária. Não tenho
nada a perder. E isso é um recado claro e direto a quem interessar”,
resume.
Macedo conta também como serão os grandes investimentos no próximo
ano para consolidar a busca pela liderança da Rede Record. “Construímos
um departamento de jornalismo sólido e com credibilidade, uma fábrica de
novelas própria com milhares de funcionários e um projeto comercial que
conquistou a confiança dos anunciantes. Nossa meta é a liderança, não
importa o tempo que isso demore para acontecer”.
Ele lamenta o que chama de “monopólio” da Rede Globo nas
telecomunicações do país. “No último encontro que tive com a presidenta
Dilma, em Londres, durante os Jogos
Olímpicos, procurei mostrar a ela e aos demais ministros que a
democracia nos meios de comunicação, principalmente na televisão, é o
melhor caminho para o Brasil. Alertei a presidenta que o monopólio é um
caminho perigoso”.
Macedo ressalta que seu principal objetivo de vida não é esse, mas
sim a expansão da Igreja Universal. Mesmo já possuindo centenas de
templos espalhados pelo Brasil e por 182 países, com cerca de 5.800
pastores, bispos e outros funcionários remunerados, a IURD quer
continuar ajudando o maior número possível de pessoas a encontrarem um
novo caminho para suas vidas através da fé.
Ao longo dos 35 anos que lidera sua denominação evangélica, Macedo já
enfrentou acusações de charlatanismo, curandeirismo e enriquecimento
pela exploração da fé alheia. Mesmo assim, a Igreja Universal pode ser
considerado um dos maiores fenômenos religiosos das últimas décadas.
“A Igreja Universal foi e continua sendo atacada. Isso não acabou.
Somos sempre alvo de certos setores da sociedade incomodados com a perda
de espaço e privilégios, como a Globo e o Vaticano. Há um claro
preconceito por trás disso. Uma postura agressiva velada. Ou alguém
duvida que a Globo só me ataca e ataca a Igreja Universal por causa da
Record? Para eles, a Record é uma ameaça”, ressalta.
Macedo deixa claro que um dos segredos da Universal é a sua
capacidade de auxiliar na reinserção social, especialmente na
recuperação de criminosos e no atendimento à saúde. “A Igreja Universal
permite ao Estado economizar bilhões em tratamento hospitalar e na
ressocialização de presos”, descreve o bispo. Ele é enfático: “A Igreja
Universal é um pronto-socorro espiritual. Ela recebe gente que sofre com
os mais variados males, entre eles dificuldades financeiras”.
Mas não é só isso. “Vivemos em uma sociedade que gera tristeza e
depressão. Com isso, as pessoas buscam falas confortantes como as que
são feitas por Edir Macedo”, acredita João Batista Libanio, da Faculdade
Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte (MG).
O líder da IURD reafirma na entrevista que “a sina da Universal é
barrar a Igreja Católica”. Para ele, sua prisão em 1992 foi uma
tentativa dos católicos de interromper o crescimento da IURD. Os 11 dias
em que passou numa cela naquele ano foi conseqüência do que chama de
“perseguição do Clero Romano”. “Eram políticos de prestígio, empresários
da elite econômica e social, intelectuais, juízes, desembargadores e
outras autoridades do Poder Judiciário que tomavam decisões sob a
influência do alto comando católico”, acredita.
Tudo teria começado, segundo ele, quando Edir ainda era bem jovem e
ocupava um emprego público na Loteria do Rio de Janeiro. Certo dia,
seguindo ordens, impediu a entrada de um monsenhor, enviado pelo
arcebispo para recolher dinheiro que algumas sociedades católicas
recebiam das loterias.
“Eu barrei a Igreja Católica naquele dia… E, simbolicamente, seria um
prenúncio do que se tornaria a sina da Igreja Universal ao longo dos
anos”, acredita.
Perseguição, aliás, é algo o bispo conhece desde a infância. Ele
lembra que sofreu bullying. O motivo seria um problema físico nas mãos:
seus dedos indicadores são tortos, os polegares finos e todos se movem
pouco. “Muitas vezes senti um certo complexo de inferioridade, me
considerava o patinho feio da escola e até da família. Sempre fui motivo
de zombaria. Muitos adultos e meninos da minha idade me chamavam de
dedinho.”
NP SEMPRE COM VOCÊS...
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